Não bebi dos sete rios da sabedoria
para dizer teu nome
eis que a chama de teus olhos invisíveis
pousou minha mão
em horizontes de maio
para cantar teu nome
deusa sedenta de tributos
aos teus pés
flores, pássaros, canções
lembranças, coração, meu ser inteiro
por onde quer que eu ande
desenho mapas secretos
do que leva a ti
cartas celestes, nascimentos
o todo reduzido ao instante
a primavera numa concha de palavras
te entrego
se salto sobre abismos ou
se tropeço em rochas nuas
o amanhecer me chama com teus nomes
ferida de sol cicatriza a alma
que teus cabelos me escondam do mundo
flor aberta, rosa intacta
eis a teus pés
uma canção.
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