06 abril 2010

A Cidade de Espelhos

A Cidade de Espelhos

Aqueles que andam
na cidade de espelhos
em vão esperam
descobrir nas ruas
onde o nome começou

percebendo as nuvens das montanhas
no interior das casas
julgam que o tempo
assombrou os homens
que os alicerces
dançam sobre o nada

as palavras repercutem
em cânones invertidos
desdizendo a ordem, o lugar
nas janelas os leões bocejam
à espera dos vulcões

nenhuma sombra é sombra
toda árvore se curva à luz
pensei ter achado
em alguma rua, fonte
os nomes que me imaginei

mas a manhã confunde a úmbria
quando nos vemos
já somos o outro.