01 setembro 2008

Os Rebeldes

Apaguem nossos nomes da história

somos estrelas na contramão

somente alguém invadindo o mundo de flores

não temos o cinismo essencial dos vencedores

cada grito de dor ecoa em nossa carne

amor é flecha em nosso sangue

onda à onda, lutamos contra todas

somos exércitos de uma só mão



Apaguem nossas lápides, queimem nossas cinzas

o que dirão os monumentos se nossos átomos pousarem no concreto

o que dirão as vozes dos que renegaram o amor

quando abraçarmos o mundo de versos



somos somente transição, uma resposta

nosso amor é anônimo, dádiva

nossa luta é sangue, entranha

nossa carne são flores de fogo, eros incandescente na história



Apaguem nossos nomes da história

nossas vozes ficarão hasteadas até o fim dos tempos

apaguem nossos nomes

nada adiantará.

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