dormem em vossas entranhas
e neles quantos seres
anunciam a poesia
que o horizonte derrama
Digam-nos quantos homens
abrem os olhos à noite
e sequestram hipocampos
que vagam nas estrelas
Digam-nos quanto sangue
escorre do silêncio
e quanto silêncio há
na boca das feridas
que os senhores escondem
Poesia é arma
para abrir os olhos
Poesia é adaga
para limpar os ossos
Poesia é plasma
para cicatrizar os sonhos
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