HidraFlor
Hidraflor, maresia
alto céu, noite vaga
lobos poetam à lua vadia
bebíamos o orvalho
que se acumulara nos espinhos
maresia, hidraflor
em barcarola dançávamos
somos dos que encontram
no mar o próprio rosto
hidraflor, maresia
na distância nossas vozes
desabrocham o oceano
Uma lírica ensaística, um espaço para o pensar individual, para a literatura e para as aspirações de transformação, pessoal e coletivas.
30 julho 2009
21 julho 2009
Dois Novos Poemas
Impossível Mar
é impossível se perder no mar
é impossível alcançar o mar
é impossível dessalgar o mar
é impossível enxergar o mar
e impossível flutuar o mar
é impossível perverter o mar
é impossível conquistar o mar
é impossível soletrar o mar
é impossível vomitar o mar
é impossível faturar o mar
é impossível repetir o mar
é impossível falsificar o mar
é impossível adormecer o mar
é impossível vegetar o mar
é impossível etiquetar o mar
é impossível esvaziar o mar
é preciso navegar o mar
no que improvável há
em nós.
Ainda Há Pouco
Ainda há pouco, milênios atrás
nem sabia da imensa caligrafia
das pedras imaginava ser o papel tinta dos ventos
num ângulo de 45º entre a pirâmide e a areia
tempo deslizava entre os grãos
ainda há pouco ouvi meu grito
na placenta do futuro.
é impossível se perder no mar
é impossível alcançar o mar
é impossível dessalgar o mar
é impossível enxergar o mar
e impossível flutuar o mar
é impossível perverter o mar
é impossível conquistar o mar
é impossível soletrar o mar
é impossível vomitar o mar
é impossível faturar o mar
é impossível repetir o mar
é impossível falsificar o mar
é impossível adormecer o mar
é impossível vegetar o mar
é impossível etiquetar o mar
é impossível esvaziar o mar
é preciso navegar o mar
no que improvável há
em nós.
Ainda Há Pouco
Ainda há pouco, milênios atrás
nem sabia da imensa caligrafia
das pedras imaginava ser o papel tinta dos ventos
num ângulo de 45º entre a pirâmide e a areia
tempo deslizava entre os grãos
ainda há pouco ouvi meu grito
na placenta do futuro.
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