Veja bem
a cor dos olhos dos que amam
é aurora véspera da noite
conjunções de ventos, pétalas no céu
palavras se estilhaçam em vapores
amor é
sinais de uma fronteira ausente
e fomos por caminhos
que escolhemos na escuridão
cruzar o túnel em silêncio
derrubar muros, abrir espaços
amor é gesto de pluma contra o aço
na distância
não te comove meu silêncio
a fórceps extraio
da garganta um sol
febre horizontal
de galáxias antigas, de cartas perdidas, siderais
não lamento o sal sobre as feridas
bico de fênix
rasgo minha pele
para renascer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário